quinta-feira, 20 de março de 2014

Oposição defende CPI para investigar estatal




20.03.2014 | Postagem: Paulo Sérgio |

Image-0-Artigo-1570686-1Desde 2013, o MPF investiga o negócio firmado entre a Petrobras e a belga Astra Oil

O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), disse que vai recolher assinaturas para apresentar um novo pedido de criação de uma comissão
Foto: Agência Câmara
Brasília. A suspeita de prejuízo para a Petrobras na compra da refinaria de Pasadena (EUA) fez a oposição defender ontem a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara dos Deputados para investigar a estatal.
Desde o ano passado, o Ministério Público Federal investiga o negócio firmado entre a Petrobras e a empresa belga Astra Oil. O conselho da estatal autorizou a compra de 50% da refinaria ao custo de US$ 360 milhões. No entanto, cláusulas do contrato desconhecidas pelo conselho obrigaram a Petrobras a arcar com 100% das ações da unidade. O que mais chama a atenção dos investigadores é o fato de a Petrobras ter desembolsado um total de US$ 1,18 bilhão pela unidade que havia sido comprada em 2005 por cerca de US$ 42 milhões pela Astra, que tem entre seus executivos um ex-funcionário da estatal brasileira.
O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), disse que vai recolher assinaturas para apresentar um novo pedido de criação de uma comissão para investigar as denúncias. "Por todo esse cenário é cada vez mais necessária a instalação da CPI da Petrobras", afirmou. A aquisição pela Petrobras de metade das ações da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, foi autorizada em 2006 pelo Conselho de Administração da companhia com base em um documento "técnica e juridicamente falho", disse ontem a Presidência da República.
Ministra da Casa Civil na época, a presidente da República, Dilma Rousseff, presidia o conselho da Petrobras quando o negócio foi autorizado. Ela votou a favor do negócio. O caso foi revelado ontem pelo jornal "O Estado de S. Paulo".
Negação
Representantes da Petrobras negaram irregularidade na compra da refinaria. A companhia diz que não comenta o caso porque ele está sendo apurado pelo TCU (Tribunal de Contas da União). A Secretaria de Comunicação da Presidência justificou ontem, por meio de nota, que a presidente Dilma Rousseff votou pela compra, pela Petrobras, de metade da Refinaria Americana Pasadena Refining System (PRSI), nos Estados Unidos, por ter, à época, informações falhas.
Férias
Em meio à polêmica sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró viajou ontem para a Europa de férias, segundo uma pessoa próxima ao atual diretor financeiro da BR Distribuidora. Durante a sua gestão na área Internacional, ele defendeu a compra da refinaria. O "resumo executivo" sobre o negócio foi elaborado em 2006 pela diretoria que ele comandava.  Fonte: DN.
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