09.10.2015 | Postagem: Paulo Sérgio | Polícia realiza uma força-tarefa nesta quinta-feira para buscar envolvidos nas mortes
Ao
menos sete suspeitos de participação na chacina de Osasco e Barueri,
que deixou 19 mortos em 13 de agosto, foram detidos nesta quinta-feira
(8). Informações iniciais indicam que seis policiais militares e um
guarda municipal estão entre os envolvidos. O grupo foi levado ao DHPP
(Delegacia Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa) onde prestou
esclarecimentos.
A
Polícia Civil e Militar, além do Ministério Público, também participam
do ato. Equipes da Polícia Civil e da Corregedoria da Polícia Militar se
dividiram para percorrer 36 endereços.
A
Força Tarefa criada pela Secretaria de Segurança Pública ainda
investiga outros policiais e guardas que podem ter dado cobertura aos
ataques. Durante a operação, foram apreendidos armas, munição, capacetes
e jaquetas usadas por motociclistas.
Dias
após a chacina, o soldado Fabrício Emanuel Eleutério, foi detido e
encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte de São Paulo,
onde os demais policiais devem ser levados. Até hoje, ele era o único
suspeito preso. A Justiça decretou a prisão preventiva para alguns PMs
investigados. Outros ficarão presos preventivamente. A polícia chegou
até estes suspeitos por meio da quebra de álibi. Em um primeiro momento,
eles teriam dito que estavam em determinado local na noite do crime.
Porém, a investigação apontou que eles estavam mentindo depois de
análise dos celulares.
O caso
Na
noite do dia 13 de agosto, 18 pessoas morreram e outras seis ficaram
feridas na chacina — a 19ª vítima morreu dias depois, no hospital. O
ataque com mais vítimas aconteceu em um bar de Osasco no Jardim Munhoz
Junior. Um morador disse que um carro preto e outro prata participaram
dos crimes. De acordo com testemunhas, os assassinos saíram dos carros,
perguntaram quem tinha passagem pela polícia e começaram a atirar.
Em
depoimento, uma testemunha disse que o ataque foi feito por vários
indivíduos. A testemunha disse que todos acharam que eles atirariam uma
bomba no local. Ainda segundo uma testemunha, os atiradores estavam
usando máscaras.
Até
o momento, ao menos 21 pessoas são investigadas pelos crimes. Delas, 19
são policiais. Os outros são um ex-policial e o marido de uma policial.
Um PM suspeito de participar dos ataques foi detido e teve a prisão
preventiva decretada. O soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de
Aguiar) Fabrício Eleotério foi reconhecido por duas testemunhas que
sobreviveram à chacina.
R7
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