Quinta-Feira, 06 de Outubro 2016
Como se fosse a salvação da Pátria, tramita em regime de prioridade na Câmara a proposta da entrega, pela Petrobras, de no mínimo 30% dos blocos licitados, para exploração do petróleo do Pré-sal, à participação do capital internacional.
Não é a salvação da pátria. A Petrobras recupera aos poucos a sua imagem afetada pelos escândalos de corrupção. A estatal começa a apresentar resultados positivos que demonstram a capacidade de arcar sozinha com os investimentos na operação de exploração desta estratégica jazida de petróleo em águas profundas do Oceano Atlântico.
A petrolífera ainda é a maior empresa nacional e não pode desperdiçar esta oportunidade para ocupar o lugar de pujança que lhe cabe no contexto mundial.
Se for preservada para a Petrobras a condição de operadora única do Pré-sal, fica assegurada a certeza de que a quantidade de petróleo extraída corresponde à realidade, para efeitos de cobrança de royalties.
A Petrobras, detentora da tecnologia mais avançada no processo de exploração de petróleo em águas profundas, é a mais experiente neste campo do conhecimento. A companhia opera no Pré-sal com custos competitivos, os mais baixos custos de extração, cerca de 39% menores que o custo médio da concorrência.
Merece consideração o fato de que a Petrobras triplica a sua produção de petróleo com as descobertas no Pré-sal, o que traz grandes investimentos e aumento da alavancagem da companhia. No horizonte de tendência da atualidade, em que grandes estatais são detentoras das reservas mundiais de petróleo, o Brasil não pode caminhar na direção contrária, mas precisa fortalecer a soberania com o controle e aproveitamento social desta riqueza.
Leônidas Cristino
Deputado Federal (PDT-CE)
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