Quinta Feira 11 de Abril 2019
Ao avaliar os 100 dias do governo federal, o ex-ministro Ciro Gomes disse que a reforma da previdência preserva e agrava privilégios e irá criar uma imensa legião de mendigos, trabalhadores rurais de idade avançada. Em debate realizado na sede do PDT nacional nesta quinta-feira (11), em Brasília, ele conclamou a população a identificar e fazer apelos comoventes aos parlamentares que são a favor da reforma da previdência para votarem contra o projeto apresentado na Câmara.
Ciro Gomes disse que na sua cidade, em Sobral, o seu deputado federal, Leônidas Cristino, presente ao debate, é contra a reforma da previdência, mas o seu adversário, Moses Rodrigues, que se declarou indeciso, passou para uma posição contra o projeto do governo federal. Pesou na mudança o que o político teria a dizer às mulheres de Sobral, que agora somente aos 62 anos iriam se aposentar.
O pior do atual governo, na avaliação de Ciro Gomes, é a atitude absolutamente entreguista ao interesse estrangeiro. Como exemplos, citou a venda da Embraer, o acordo com os EUA para uso da base de Alcântara - que reserva área de acesso proibido a brasileiros, salvo autorização, o que viola a Constituição - e o alinhamento neocolonial na questão da Venezuela.
O Brasil aceitou papel ridículo de porrete EUA na questão da Venezuela e colocou o aeroporto de Manaus ao alcance de mísseis terra e ar russos baseados em Caracas, disse o ex-ministro. No caso da aliança com Israel - ele acrescentou - o Brasil foi exposto a um conflito real com grupos radicais incitados pelo filho do presidente. Ciro criticou a isenção de vistos para entrada de norte-americanos no Brasil e a importação de 750 mil toneladas de trigo dos EUA, o que vai dizimar a produção nacional do cereal.
Nos primeiros três meses do atual governo, houve queda no orçamento executado em segurança, saúde, educação e ciência e tecnologia, em comparação com o trimestre anterior, informou Ciro Gomes. O PDT nacional montou o Observatório Trabalhista, coordenado pelo professor Nelson Marconi, que vai monitorar o desempenho do governo e a cada trimestre denunciar desvios que agridem os direitos da população e a soberania nacional.
Sobral em Revista
0 comentários:
Postar um comentário