29.09.2015 | Postagem: Paulo Sérgio |
Aos cinco meses de
gestação, durante um exame de ultrassom, a futura mamãe Fabrina Tavares,
moradora de Itarema (região norte), foi informada, que o segundo filho
que ela esperava, tinha um problema de má formação, conhecido como
gastrosquise, que quer dizer "fissura na barriga”, em grego, normalmente
identificada por uma abertura de 2 a 4 centímetros no abdome, do lado
direito do cordão umbilical.
O problema, que chega a causar morte em 15% dos casos, segundo a
literatura médica, se dá comumente na parede abdominal; e cerca de 40%
dos bebês acometidos nascem abaixo do peso ou prematuramente. Com a
exposição dessa parte tão sensível do corpo, existe a possibilidade de
complicações perigosas. Uma delas é a atresia (estreitamento de um
canal), observada entre 10% e 15% dos casos de gastrosquise.
Com todo o cuidado que o caso exigia, e no momento apropriado, Fabrina
deu entrada no Hospital Regional Norte, por meio do sistema de regulação
para aguardar o bebê ganhar peso para a hora do parto. Cerca de um mês
após a internação, no dia 17 de agosto, o parto foi realizado com
sucesso, e o recém-nascido foi imediatamente levado a outra sala de
cirurgia para a correção necessária.
“Eu me emociono até hoje, quando lembro o que eu senti no nascimento do
meu filho, e como ele está hoje, se recuperando. Todos os dias eu faço a
ordenha, aqui no banco de leite, esperando o dia em que ele possa se
alimentar. Ele está engordando, já, já, vou poder levar meu filho para
casa”, disse, uma mãe feliz e aliviada, enquanto olhava o bebê através
da incubadora neonatal.
Para Renata Nogueira, coordenadora substituta da clínica obstétrica,
“esse tipo de cirurgia pediátrica, feita no HRN, mostra o quanto podemos
prestar esse atendimento aqui na região. É uma cirurgia que requer
bastante atenção, chegando a cerca de duas horas. Esse é o segundo caso
de cirurgia realizada em bebês, logo após o parto, este ano”, afirmou.
Assessoria de Comunicação | Hospital Regional Norte
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