14.03.2014 | Postagem: Paulo Sérgio |
Segundo fontes disseram à Reuters, isso reforça a hipótese de crime.
Aeronave com 239 pessoas a bordo sumiu entre Kuala Lampur e Pequim.
As análises dos dados sugerem que o avião, que levava 239 pessoas a bordo, saiu de sua rota original a nordeste, de Kuala Lampur a Pequim, e seguiu para o oeste, usando rotas normalmente usadas por voos para o Oriente Médio e a Europa. As informações foram dadas por fontes envolvidas nas investigações do desaparecimento do Boeing 777.
Isso indica que ou os pilotos ou alguém com conhecimento de avião pilotava o avião.
Uma terceira fonte informou que as investigações estão cada vez mais focadas na teoria de que alguém que sabia pilotar desviou o voo deliberadamente.
"O que podemos dizer é que estamos examinando uma sabotagem, sendo que um sequestro ainda está nas cartas", disse uma fonte, que é um agente graduado da polícia da Malásia.
As três fontes ouvidas pela Reuters não quiseram ser identificadas por não serem autorizadas a darem informações sobre as investigações.
O Ministério do Transporte da Malásia, órgão oficial das investigações, não retornou as ligações da agência para comentar o assunto.
Inicialmente as autoridades malaias descartaram uma sabotagem no desaparecimento do voo MH370, mas as informações obtidas pela Reuters indicam pela primeira vez que a hipótese criminal se tornou o principal foco.
Último sinal
O desaparecimento do Boeing já se tornou um dos maiores mistérios na história moderna da aviação.
O avião foi visto pela última vez nos radares civis pouco antes de 1h30 de sábado passado (horário local), menos de uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur. Nesse momento, a aeronave voava para nordeste, na direção de Pequim, passando sobre a entrada do golfo da Tailândia, perto da costa leste da Malásia.
Mas, na quarta-feira, o comandante da Força Aérea malaia disse que o avião foi observado por um radar militar, às 2h15, num ponto 320 quilômetros a noroeste da ilha de Penang, na costa oeste da Malásia
Essa posição marca o limite da cobertura do radar militar da Malásia, segundo uma quarta fonte familiarizada com a investigação ouvida pela Reuters.
Em entrevista coletiva na quinta-feira, o ministro do Transporte, Hishammuddin Hussein, disse que o alcance dos radares militares do país é uma "questão delicada", que não seria divulgada publicamente.
"Mesmo que (a cobertura) não existe além disso, podemos ter a cooperação de países vizinhos", afirmou.
O fato de o avião - se fosse mesmo o MH370 - ter perdido contato com o controle de tráfego e estar invisível para os radares civis sugere que alguém a bordo desligou os sistemas de comunicação, segundo as primeiras duas fontes.
Elas também deram mais detalhes sobre a direção assumida pelo avião não identificado, acompanhando corredores de aviação que constam nos mapas de pilotagem sob os códigos N571 e P628. Essas rotas são percorridas por aviões comerciais que viajam do Sudeste Asiático para o Oriente Médio e a Europa, e podem ser encontradas em documentos públicos divulgados por autoridades regionais de aviação.
Numa descrição bem mais detalhada do que havia sido divulgada até agora sobre a localização do avião nos radares militares, as fontes disseram que a última posição confirmada do MH370 foi a 35 mil pés de altitude, a cerca de 90 milhas (144 quilômetros) da costa leste da Malásia, na direção do Vietnã -- um ponto de navegação chamado "Igari". Isso foi à 1h21 de sábado.
O monitoramento militar sugere que o avião fez uma brusca curva para oeste, na direção de um ponto chamado "Vampi", a nordeste da ilha indonésia de Sumatra. Esse ponto é usado como referência para aviões na rota N571, que vai para o Oriente Médio.
De lá, o radar indica que o avião se dirigiu a um ponto chamado "Gival", ao sul da ilha tailandesa de Phuket, e foi visto pela última vez indo para noroeste, na direção do ponto "Igrex", que fica na direção das ilhas Andaman e é usado na rota P628, para a Europa.
Ele passou por esse ponto às 2h15 -- a mesma hora citada na quarta-feira pelo comandante da Força Aérea, que não deu informações sobre qual era a possível direção do avião.
As fontes disseram que a Malásia está solicitando dados brutos dos radares das vizinhas Tailândia, Indonésia e Índia, que possui uma base naval nas Andaman. Fonte: G1
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