10.09.2014 | Postagem: Paulo Sérgio
Silas
Malafaia é apontado como o responsável pela alteração no programa de
governo de Marina Silva (PSB) no tocante ao casamento gay e a
criminalização da homofobia. O assunto
foi explorado pela mídia e provocou reações em Dilma e Aécio, que
aproveitaram para criticar Marina e defender o casamento homossexual.
Na
revista Época desta semana foi dado um grande destaque ao que é chamado
de “voto evangélico”, que segundo analistas poderia até decidir a
eleição. Malafaia foi entrevistado pelo semanário e afirmou que votará
no Pastor Everaldo (PSC) no primeiro turno, mas ficará com Marina no
segundo.
Negou
que tenha sido ele o responsável pela mudança de opinião da candidata
do PSB. “Meus tuítes só acenderam a lâmpada na equipe da Marina para
mudar o que estava escrito. Mesmo assim, não me agradou em tudo. Tem
muitos pontos lá contrários à ideologia cristã”, afirmou.
Para
ele, Marina não é “candidata dos evangélicos”, tampouco “fanática”,
como é taxada pelos petistas. “Marina contraria muita coisa que pastor
evangélico pensa”, dispara Malafaia.
Homofobia, casamento gay e aborto voltaram a ser assuntos importantes nas campanhas
presidenciais. Os principais candidatos têm sido perguntados sobre
essas questões. Ao falar sobre isso, Malafaia é contundente. Cita ainda
o filósofo Michael Sandel, o qual defende que “a moral, os princípios e
as questões da fé são fundamentais no debate político”. “Esta eleição
tem de ser moral. Não vale tratar do maior escândalo de roubalheira da
história do Brasil, o mensalão? E a roubalheira na Petrobras? A
corrupção é um câncer na sociedade. A discussão tem de ser moral mesmo”,
assevera.
Para
o pastor não há dúvidas que “o PT precisa perder a eleição para o bem
do Brasil”. Ele acredita que os evangélicos devem orar pelos
governantes, mas “cada um vota em quem quiser”. Contudo, “quando o
mandatário assume, entendemos que é a vontade de Deus”.
Não acredita que exista um “voto evangélico” unificado,
reconhecendo que não existe unanimidade no pensamento político. Há
diferentes segmentos evangélicos apoiando os principais candidatos.
Portanto, não há sentido em se falar em um “partido evangélico”. Mesmo
assim, acredita que Marina “levará de 80% a 90% do voto evangélico”.
Ao falar sobre as chamadas
“demandas evangélicas”, esclarece que não existe um desejo desse
segmento de “impor ideologia”. Ao mesmo tempo, afirma que ao longo do
seu governo, o PT vem votando contra os princípios defendidos pelas
igrejas. Questionado sobre as promessas de Dilma que poderiam dar
benefícios fiscais às igrejas evangélicas, decreta “Ela pensa que nós,
evangélicos, somos idiotas e otários… Na caneta, ela não pode decidir
isso. Tem de ser o Congresso. É hipocrisia eleitoral. Estão tão
desesperados que prometem o que não podem entregar”.
Por fim, explicou que nunca pretende se candidatar a cargo eletivo. “Não fui chamado nem tenho competência para isso. Onde estou, falo com todos, teço minha ideologia. Lá, seria só mais um”.
Fonte:Gospel Prime
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