30.09.2014 | Postagem: Paulo Sérgio |
Quanto antes você procurar um hospital, menores são os riscos
As doenças cardiovasculares são líderes em morte no mundo, sendo responsáveis por quase 30% das mortes no Brasil. Dentre estas, o Infarto Agudo
do Miocárdio (IAM) é a causa principal. De acordo com o Datasus,
agência de controle de dados do governo, foram registrados 2028 óbitos
por doenças cardiovasculares no estado de São Paulo apenas no mês de
agosto de 2013. A mortalidade hospitalar por infarto agudo na internação
é alta, e maior quanto mais demorado o tempo entre o início dos
sintomas e o atendimento final. Os fatores de risco para o infarto são obesidade, hipertensão, colesterol alto, estresse, diabetes ou infartos anteriores. Homens na meia idade e mulheres após a menopausa são os mais afetados pelo problema.
O infarto acontece quando
parte do músculo cardíaco morreu por falta de oxigênio. A nutrição do
músculo é feita pelas artérias coronárias, que levam sangue e nutrientes
até o coração. Se uma artéria dessas "entupir" - que ocorre quando uma
placa de gordura perto da parede interna do vaso rompe - o fluxo de
sangue é interrompido e aquela área entra em sofrimento (causando dor) e
se esse fluxo não for reestabelecido a tempo, o tecido morre.
Identificando o infarto
Hábitos ruins ao coração
A
dor do IAM é uma sensação mal definida, surda, que pode se alojar em
qualquer local entre o lábio inferior e a cicatriz umbilical. Ainda que a
maioria das pessoas sinta dor no meio do peito, em aperto, espalhando
para o braço direito, vemos com muita frequência apresentações menos
características. Já vi pessoas com dor no queixo, dor nas costas. As
características do infarto em mulheres são muito menos típicas, com
queixas de queimação ou agulhadas no peito ou ainda falta de ar sem dor.
Qualquer dor nessas regiões que se mantêm por mais de 20 minutos deve
ser investigada e considerada doença grave, especialmente se associada
aos seguintes sintomas:
- Vômitos
- Suor frio
- Fraqueza Intensa
- Palpitações
- Falta de ar.
Na
presença dessas sensações, é de extrema importância procurar ajuda no
pronto socorro mais próximo em no máximo uma hora. Conforme o tempo
passa a dor diminui, mas o dano torna-se mais extenso e irreversível.
Após 12 horas de dor, o músculo em sofrimento já morreu quase por
completo.
Em municípios com
disponibilidade de atendimento domiciliar rápido, como o excelente SAMU
de São Paulo, vale a pena acioná-lo. Na ausência de uma ambulância,
busque uma acompanhante que possa dirigir ou acompanhar até o medico
(sempre em um hospital de emergência, para não transformar um
consultório medico em uma UTI). Evite dirigir com suspeita de infarto,
pois arritmias e desmaios são frequentes no inicio do quadro, colocando
em risco você e os outros. Carregue consigo seus exames mais recentes,
se estiverem acessíveis e não forem atrasar a sua viagem. Fique
tranquilo e explique tudo ao seu acompanhante e médico, em especial a
presença de alergias e doenças prévias.
Escrito por:
Bruno Valdigem
CardiologiaVia Facebook
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