UPP de Manguinhos foi destruída por um incêndio provocado por bandidos |
Constantemente atacados nas favelas com Unidades de Polícia Pacificadora
(UPPs), os policiais do Rio estão, eles próprios, vulneráveis aos
bandidos. Depois da morte de mais um policial, no Complexo do Alemão, a
corporação investiga a propagação de imagens, publicadas no
Facebook, para intimidar os militares. Os bandidos dão dicas de como
atacar os policiais das UPPs. O perigo que enfrentam vai de encontro a
um princípio da política de “pacificação”, que pressupõe alguma
tranquilidade aos agentes da lei para que possam prover segurança para
os moradores.
Imagem publicada no Facebook com intimidação contra policiais militares
Em uma das imagens compartilhadas pelo perfil identificado como “Barbiie
Morenah”, uma fotografia de dois policiais em patrulhamento em uma rua
estreita vem acompanhada da hashtag #vaimorrerpolicia, com o seguinte
comentário: “Os amigos só não matam porque não quer (sic) olha que
moleza, 'mamão com açúcar’. Tá tudo monitorado”. Em outra imagem,
publicada pelo perfil “Deixa Baixoo”, que posta mensagens sobre o
Complexo do Caju, um policial aparece sentado em um banco de cimento,
enquanto uma arma longa, aparentemente uma metralhadora, é apontada em
sua direção.
As páginas não trazem a identificação exata dos usuários, e contêm, além
desse tipo de “dica”, imagens de ostentação de armamento e mensagens de
apologia ao tráfico de drogas. Os usuários dessas contas também
publicam imagens de pessoas torturadas, atribuindo os castigos a “X9” –
traidores – e inimigos da quadrilha.
De acordo com a assessoria de comunicação da PM, “as imagens foram
encaminhadas para a Coordenadoria de Inteligência da corporação, que vai
apurar a denúncia e buscar a identificação do autor das fotos”.
Ameaças a policiais militares do Rio de Janeiro publicada no Facebook
Procurados – Nesta terça-feira foram identificados como Igor Quirino Lopes da Silva e Thiago da Silva,
conhecido como Garni ou Garnizé, ambos de 26 anos, os suspeitos de
matar o policial militar Fábio Gomes da Silva, morto na noite de
domingo, na favela da Fazendinha, que integra o Complexo do Alemão. “Os
agentes deram início às investigações logo após o fato, e durante o
trabalho de inteligência, aliado a um cruzamento de informações no banco
de dados da Polícia Civil”, diz uma nota enviada pela Polícia Civil.
De acordo com o delegado Felipe Curi, da 45ª DP (Alemão), Igor é o
principal responsável pelos confrontos no Complexo do Alemão, e tem como
função principal atuar como “braço” armado do tráfico. Ainda segundo o
delegado, Thiago integra o bando de Igor e também atua na “contenção” do
tráfico. Os dois suspeitos têm antecedentes criminais por tráfico de
drogas e associação para o tráfico. Eles tiveram a prisão preventiva
decretada, na semana passada, com outros quinze traficantes, em
inquérito policial da 45ª DP que apura os confrontos na região.
Fonte: Veja
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