Sexta-Feira, 01 de Janeiro de 2016
O Novo Testamento menciona uma visita de Jesus ao nordeste do Mar da
Galileia, onde existia assentamentos judaicos. Lá ele encontrou um homem
possuído por demônios e o libertou. Para mostrar a todos o que estava
acontecendo, ordenou que os espíritos imundos se apoderassem de porcos,
que se atiraram de um penhasco para o mar.
O relato bíblico, ocorreu em Kursi, local situado no antigo
território dos gadarenos. Essa informação parece ter sido comprovada
agora por arqueólogos. “A presença de um assentamento judaico na costa
oriental do Mar da Galileia é um fenômeno muito estranho”, disse Haim
Cohen, pesquisador da Universidade de Haifa, em Israel, em entrevista ao
Daily Mail.
Uma pedra de mármore, medindo 1,40 metro por 70 centímetros foi
encontrada no Lago Kinneret (Mar da Galiléia). Na superfície há uma
inscrição em hebraico onde os especialistas foram capazes de identificar
as palavras ‘amém’ e ‘Marmaria’, o que pode significar tanto “Maria”
mãe de Jesus, quanto uma referência ao rabino.
O professor Michal Artzy explica que o texto “é composto por oito
linhas”, o que é raro, pois “geralmente não são muitas palavras com
letras hebraicas esculpidas em pedra”. Ele acredita que a pessoa que a
inscrição se referia “teve uma enorme influência sobre a população
local”. Ela começa com as palavras “lembrados para sempre.” Para os
primeiros cristãos a libertação de uma pessoa possuída era considerada
um milagre.
Na verdade, a existência do assentamento judaico na região era
conhecido desde a década de 1960. No entanto, somente agora, com a
descoberta dessa placa de mármore com mais de 1.500 anos de idade
confirma sua presença. Afinal, ela estava nas ruínas do local onde teria
funcionado uma sinagoga.
A descoberta só foi possível graças a uma queda no nível de água na
região, que permitiu aos arqueólogos continuar suas escavações em Kursi,
um distrito que fazia parte da antiga Decápole. Próximo às ruínas dessa
antiga igreja, há uma montanha que desce para o mar, conforme é
descrito na Bíblia.
As escavações mostram que nos séculos V e VI, uma igreja foi
construída no local. Ela seria uma “marca” do evento bíblico, prática
comum durante o domínio do Império Bizantino em israel. O local foi
destruído pelo exército persa em 614 a.C. Foi reconstruído, mas
novamente destruído — desta vez, por um incêndio.
O apologista cristão Steve Ray explica que Kursi foi sede do o maior
mosteiro em Israel, sendo um local muito conhecido pelos primeiros
cristãos. “Quanto mais a arqueologia descobre, mais a Bíblia é
confirmada”, resume Ray. Com informações Bretbart e CBN
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