segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Presidente da Venezuela denuncia assassinato



24.02.2014- Postagem: Paulo Sérgio
Image-0-Artigo-1553314-1 Em discurso a centenas de seus apoiadores em frente ao Palácio de Miraflores, Maduro denunciou ainda que seus parentes e amigos foram alvo de agressões nos últimos dias, mas não deu detalhes dos incidentes
FOTO: REUTERS
Nicolás Maduro responsabilizou os manifestantes de terem provocado a 11ª morte no país
Caracas. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou neste domingo o assassinato de um jovem em um piquete da oposição em San Cristóbal, no oeste do país, enquanto o prefeito local atribuía o óbito a um assalto.
Em um discurso para centenas de partidários reunidos diante do Palácio de Miraflores, Maduro afirmou que o jovem foi atacado em um bloqueio de rua de radicais em meio aos protestos da oposição que sacodem o país há quase três semanas.
"Não queriam deixá-lo passar, ele insistiu e quando passou foi esfaqueado por uma pessoa", disse o presidente. Já o prefeito de San Cristóbal, o opositor Daniel Ceballos, afirmou que o jovem foi morto em um assalto: "morreu vítima da insegurança, esfaqueado" por um ladrão.
Maduro denunciou ainda que seus parentes e amigos, inclusive a filha de Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional, foram alvo de agressões nos últimos dias, mas não deu detalhes dos incidentes.
Há quase três semanas, a Venezuela vive uma onda de manifestações contra a insegurança e a crise econômica, liderada pela oposição, que já deixou 10 mortos e centenas de feridos. San Cristóbal, no estado de Táchira, fronteira com Colômbia, foi palco das primeiras manifestações.
Ontem , milhares de aposentados protagonizaram manifestação de apoio ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Eles saíram às ruas do centro de Caracas em um "chamado para a paz", segundo ministro venezuelano da Educação, Héctor Rodríguez, que acompanhou o ato.
No dia anterior, outros protestos contra e a favor do governo de Maduro também aconteceram na capital Caracas e no interior. No mesmo dia, o governo convocou para a próxima quarta-feira uma "conferência nacional de paz", com setores políticos e sociais para neutralizar grupos acusados de disparar contra os protestos estudantis.
As manifestações da oposição foram convocadas pelo líder de oposição Henrique Capriles, governador de Miranda, que perdeu a eleição presidencial para Maduro por uma fina margem.
Uma das reivindicações era o desarme de grupos paramilitares, acusados de disparar contra os manifestantes. Seis das dez mortes foram por ferimentos à bala. Capriles exigiu a libertação do dirigente político Leopoldo López e anistia a todos os estudantes presos.
Imprensa
A rede de TV americana CNN informou que o governo da Venezuela voltou atrás na revogação dos vistos de trabalho aos jornalistas que estavam no país para cobrir os protestos. Ainda assim, Maduro teria pedido mudança na abordagem da emissora.
A correspondente da rede em Caracas, Osmary Henández, informou, na sua conta do Twitter, que o governo havia autorizado novamente o trabalho dos sete jornalistas que haviam sido expulsos do país, na quinta-feira (20), após o governo de Nicolas Maduro acusar a CNN de incitar uma guerra civil no país
O governo teria voltado atrás no dia seguinte, após entrevista coletiva de Maduro a jornalistas estrangeiros. "Eu sei que eles querem ficar na Venezuela. Façam isso, cubram a Venezuela. Mas de uma maneira balanceada, baseada no respeito às leis venezuelanas", disse Maduro. Fonte: DN.
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