11.03.2014 | Postagem: Paulo Sérgio |
Carne de jumento no cardápio dos detentos do
sistema penitenciário do Rio Grande do Norte. É o que propõe o promotor Sílvio
Ricardo Brito, da 2ª Promotoria de Apodi, cidade do Oeste do estado, para dar
uma destinação aos cerca de 600 animais apreendidos nas estradas federais que
passam pela região. A proposta será pauta de um almoço marcado para a próxima
quinta-feira (13), oportunidade na qual autoridades convidadas experimentarão
pratos com carne de jumento. "Vão comer e saber que é uma alimentação
saudável", diz o promotor.
Sílvio Brito explicou ao G1 que a ideia surgiu
após reuniões com professores do curso de Veterinária da Universidade Federal
Rural do Semi-Árido (Ufersa). "Chegamos à conclusão que uma das soluções
para a questão dos animais apreendidos é estimular o consumo da carne de
jumento. Os veterinários atestaram que o alimento é próprio para o consumo
humano. Não é consumido por uma questão cultural. Queremos quebrar essa barreira",
conta.
A ideia de inserir a carne no cardápio do
sistema penitenciário será colocada após o primeiro momento de degustação.
"Dependendo da receptividade quem sabe depois podemos expandir para a
merenda escolar e nos hospitais", propõe Brito. Estão convidados para o
almoço prefeitos, vereadores, promotores, juízes, representantes da comunidade
e diretores de unidades prisionais de Caicó, na região Seridó, além de Pau dos
Ferros, Mossoró e Apodi, na região Oeste. O promotor acrescenta que tudo começou
em uma audiencia pública realizada no ano passado para tratar a questão dos
animais nas estradas. A partir de um trabalho com as polícias rodoviárias
federal e estadual formou-se uma entidade que recolheu até o momento 600
animais nas rodovias. Os bichos ficam alojados em uma fazenda da Associação de
Proteção de Animais de Apodi.
"Destinamos mais de R$ 30 mil em prestações
pecuniárias de condenações judiciais para comprar medicamentos, alimentos e
montar a infraestrutura das unidades, mas o custo tem cada vez mais aumentado.
Daqui para o meio do ano a estimativa é que estejam alojados mil jumentos e no
fim do ano dois mil animais", conclui o promotor.
Fonte: G1RN
Fonte: G1RN
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