Ex-prefeita de Fortaleza é condenada por influência em campanha eleitoral

13/02/2014 - Postagem: Paulo Sérgio

Foto de arquivo

Luizianne Lins foi condenada por uso do cargo de prefeita para tentar alterar as eleições de 2012, quando apoiava o então candidato Elmano de Freitos à prefeitura de Fortaleza. Com a decisão, a ex-prefeita Luizianne Lins fica inelegível por oito anos. A decisão é do juiz Josias Menescal, do Tribunal Regional Eleitoral, do dia 10 de fevereiro.
x-prefeita de
Segundo denúncia do Ministério Público Eleitoral, a então prefeita Luizianne Lins ameaçava demitir servidores terceirizados da Prefeitura de Fortaleza caso não votassem e realizam campanha eleitoral a favor de Elmano de Freitas.

O advogado de Luizianne Lins, Rodrigo Cavalcante, acredita que a decisão é política e nega as acusações. "A prefeita não tem nenhum vínculo com servidores terceirizados. Quem contrata é uma empresa. A prefeita não pode contratar ou mandar demitir ninguém. Não há esse vínculo", diz a defesa. O advogado também fala que vai recorrer da decisão. "Não há prova para demonstrar de que ocorreu isso ou se foi feito pela prefeita Luizianne Lins", completa o advogado.
Na decisão, o juiz afirma que os terceirizados sofriam "desde a coação para participarem de atos de campanha, tais como panfletagem e 'bandeiraços', sob pena de terem o registro de ponto cortado, até a demissão daqueles terceirizados indicados por vereadores que não estariam apoiando o candidato apoiado pela prefeita de Fortaleza, simplesmente para dar lugar a uma pessoa indicada por algum apoiador dessa candidatura, com o fim de obter-lhes o voto".
"A decisão é eminentemente política. É estranho que ela tenha ocorrido em um ano de eleição, quando a prefeita sinaliza que vai participar da campanha em palanque para presidente Dilma Rousseff", critica o advogado da ex-prefeita.
Nos autos da decisão consta que a denúncia foi feita por pessoas que, "após anos ou décadas de serviços dedicados aos hospitais, postos de saúde e escolas do município de Fortaleza, se viram simplesmente impedidas de trabalhar para garantir o sustento de suas famílias pelo simples fato de não demonstrarem interessem em votar no candidato apoiado pela Prefeitura, ou mesmo por haverem sido indicadas por vereadores que não apoiavam tal candidatura" .Fonte: G1