07/02/2014 Postagem: Paulo Sérgio
Um cinegrafista da rede Bandeirantes ficou gravemente ferido na quinta-feira (6), no Centro do Rio de Janeiro,
quando registrava um protesto contra o aumento nas passagens de ônibus.
A Polícia Militar afirma que a bomba foi atirada por vândalos. Mas um
repórter da Globo News que acompanhava a manifestação disse que o
artefato partiu da PM. (Veja ao lado a reportagem completa exibida no Bom Dia Brasil)
No fim da tarde, cerca de mil pessoas se reuniram na Igreja da Candelária. A manifestação foi contra o aumento na tarifa do transporte coletivo, que passa, neste sábado (8), de R$ 2,75 para R$ 3 – um reajuste de 9,09%. E começou pacífica. Estudantes, integrantes de partidos políticos e black blocs caminharam em direção à Central do Brasil.
Dentro da estação de trem, mascarados subiram nas catracas, e algumas
foram quebradas. Houve confronto com a Polícia Militar e muita correria.
Passageiros passaram mal e outros fugiam do tumulto.
Do lado de fora da Central do Brasil, mais confusão: um grupo atirou paus e pedras em PMs, que revidaram lançando bombas de efeito moral. Vândalos arrancaram placas de metal para usar como escudo e chutaram tapumes. Baderneiros também apedrejaram uma delegacia e fizeram fogueira no meio da rua, impedindo a passagem de carros e ônibus. Eles também derrubaram um dos portões principais da Central do Brasil.
O funcionário está em pé, com a câmera no ombro, trabalhando no meio da praça. No primeiro registro, é possível ver um rastro de fogo com faíscas perto das costas dele.
Na sequência, a imagem mostra uma explosão na cabeça do cinegrafista. Uma grande quantidade de fogo se espalha. Na cena seguinte, ele se curva, ainda com a câmera no ombro, e é possível ver muita fumaça.
Momentos depois, o repórter cinematográfico da TV Globo Júnior Alves se aproxima e registra a imagem do cinegrafista da Band caído no chão.
Comandante do 5° Batalhão da Polícia Militar (BPM), Luis Henrique Marinho, informou à assessoria de imprensa da PM que, na hora do incidente, estava a 30 metros do local onde o cinegrafista foi atingido. O comandante disse ter visto pessoas vestidas de preto lançando morteiros, e um desses explosivos teria caído na cabeça do funcionário da Band.
Ao contrário do que afirmou o comandante, o repórter da Globo News Bernardo Menezes, que acompanhava a manifestação, relatou que no fim da noite de quinta, no Jornal das Dez, as bombas de efeito moral teriam partido da polícia. Segundo o jornalista, que estava a poucos metros da confusão, um desses arteatos estourou perto do cinegrafista da Band, que caiu na hora.
O Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, divulgou que o cinegrafista foi ferido na cabeça, teve um afundamento craniano e foi operado à noite. No início da madrugada desta sexta-feira (7), a Secretaria da Saúde informou que a operação de Santiago Andrade foi concluída e que a hemorragia no ferimento, controlada. Ele continua em estado grave, no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da unidade.
Outros 6 feridos também foram encaminhados para o hospital. Um deles passou a noite internado em observação. Os demais foram liberados.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou nota repudiando a agressão ao cinegrafista da Bandeirantes. A Abraji informa que ainda não se sabe quem disparou o artefato – se policiais ou manifestantes. Afirma também que é necessária uma apuração rápida do que ocorreu para que procedimentos sejam revistos e para que o estado proteja a liberdade de expressão, a liberdade de informação e o jornalista.
A TV Bandeirantes também divulgou nota, informando que o cinegrafista Santiago Andrade foi ferido na cabeça por um artefato – e que não se sabe, por enquanto, se por uma bomba de gás lacrimogêneo ou de fabricação caseira. O comunicado diz também que a Band espera no hospital, junto à família de Santiago, os resultados da cirurgia.
A TV Globo também lamenta profundamente o episódio e acompanhará de perto o caso até que tudo seja esclarecido. E se solidariza com a família do cinegrafista da Bandeirantes, Santiago Andrade. Fonte: G1
No fim da tarde, cerca de mil pessoas se reuniram na Igreja da Candelária. A manifestação foi contra o aumento na tarifa do transporte coletivo, que passa, neste sábado (8), de R$ 2,75 para R$ 3 – um reajuste de 9,09%. E começou pacífica. Estudantes, integrantes de partidos políticos e black blocs caminharam em direção à Central do Brasil.
Do lado de fora da Central do Brasil, mais confusão: um grupo atirou paus e pedras em PMs, que revidaram lançando bombas de efeito moral. Vândalos arrancaram placas de metal para usar como escudo e chutaram tapumes. Baderneiros também apedrejaram uma delegacia e fizeram fogueira no meio da rua, impedindo a passagem de carros e ônibus. Eles também derrubaram um dos portões principais da Central do Brasil.
Cinegrafista da Band é atingido na cabeça em
Fotos da Agência O Globo mostram o momento em que o cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, da TV Band, é atingido na cabeça (veja ao lado).O funcionário está em pé, com a câmera no ombro, trabalhando no meio da praça. No primeiro registro, é possível ver um rastro de fogo com faíscas perto das costas dele.
Na sequência, a imagem mostra uma explosão na cabeça do cinegrafista. Uma grande quantidade de fogo se espalha. Na cena seguinte, ele se curva, ainda com a câmera no ombro, e é possível ver muita fumaça.
Momentos depois, o repórter cinematográfico da TV Globo Júnior Alves se aproxima e registra a imagem do cinegrafista da Band caído no chão.
Comandante do 5° Batalhão da Polícia Militar (BPM), Luis Henrique Marinho, informou à assessoria de imprensa da PM que, na hora do incidente, estava a 30 metros do local onde o cinegrafista foi atingido. O comandante disse ter visto pessoas vestidas de preto lançando morteiros, e um desses explosivos teria caído na cabeça do funcionário da Band.
Ao contrário do que afirmou o comandante, o repórter da Globo News Bernardo Menezes, que acompanhava a manifestação, relatou que no fim da noite de quinta, no Jornal das Dez, as bombas de efeito moral teriam partido da polícia. Segundo o jornalista, que estava a poucos metros da confusão, um desses arteatos estourou perto do cinegrafista da Band, que caiu na hora.
O Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, divulgou que o cinegrafista foi ferido na cabeça, teve um afundamento craniano e foi operado à noite. No início da madrugada desta sexta-feira (7), a Secretaria da Saúde informou que a operação de Santiago Andrade foi concluída e que a hemorragia no ferimento, controlada. Ele continua em estado grave, no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da unidade.
Outros 6 feridos também foram encaminhados para o hospital. Um deles passou a noite internado em observação. Os demais foram liberados.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou nota repudiando a agressão ao cinegrafista da Bandeirantes. A Abraji informa que ainda não se sabe quem disparou o artefato – se policiais ou manifestantes. Afirma também que é necessária uma apuração rápida do que ocorreu para que procedimentos sejam revistos e para que o estado proteja a liberdade de expressão, a liberdade de informação e o jornalista.
A TV Bandeirantes também divulgou nota, informando que o cinegrafista Santiago Andrade foi ferido na cabeça por um artefato – e que não se sabe, por enquanto, se por uma bomba de gás lacrimogêneo ou de fabricação caseira. O comunicado diz também que a Band espera no hospital, junto à família de Santiago, os resultados da cirurgia.
A TV Globo também lamenta profundamente o episódio e acompanhará de perto o caso até que tudo seja esclarecido. E se solidariza com a família do cinegrafista da Bandeirantes, Santiago Andrade. Fonte: G1
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